OPERAÇÃO LAVA JATO: Ex-Deputado Mário Negromonte defende irmão foragido que é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa, site partidário Ozildo Alves omite escândalo.

 Irmão do Ex-Deputado Mário Negromonte é procurado pela PF.

A Polícia Federal continua procurando Adarico Negromonte Filho, que é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa.

Irmão de Mário Negromonte (PP), nomeado recentemente pelo governador Jaques Wagner para o Tribunal de Contas dos Municípios, Adarico não conseguiu ser preso na sétima etapa da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta-feira.

Ele segue foragido e a PF já acionou a Interpol para tentar localizá-lo. A PF fez buscas no apartamento de Adarico em São Paulo nesta sexta-feira, 14, no âmbito da sétima fase da Operação Lava Jato.

O irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, atual conselheiro do TCE da Bahia, é tio do agora deputado federal Mário Negromonte Júnior, o segundo mais bem votado da Bahia nas eleições de 2014, com 169 mil 215 votos.

A nomeação de Jacques Wagner foi parte do "pacote" para apoio do PP a Dilma Rousseff. O governador jogou a cautela de lado, defendeu abertamente o então parlamentar e determinou à base aliada que afinasse o discurso e blindasse o cacique do PP na Assembleia Legislativa.

O ex-deputado Mário Negromonte (PP), afirmou, nesta sexta-feira (14), que seu irmão Adarico Negromonte Filho deve se apresentar em breve à Polícia Federal e que está disposto a contribuir com a Justiça na investigação sobre os esquemas organizados pelo doleiro Alberto Youssef.

De acordo com o Estado de S. Paulo, a Polícia Federal acionou a Interpol para tentar localizar Adarico, que não seria encontrado há dois meses. “Não consegui falar com ele, mas falei com o filho dele, que é advogado.

A investigação corre há oito meses e ele nunca foi chamado para nada. Não teve acesso a inquérito, a denúncia... Mas ele vai se apresentar e está disposto a esclarecer e ajudar a Justiça”, contou ao Bahia Notícias.

Segundo o deputado, o caso chamou mais atenção por ele ser ex-ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff (PT). “Se ele fosse Adarico da Silva não teria tudo isso. Mas como o irmão dele é ex-ministro, a coisa fica potencializada. Eu tenho 11 irmãos.

Não posso ser responsabilizado por cada decisão boa ou má que eles tomem”, reclamou. O progressista, contudo, questionou a necessidade de se acionar a organização internacional de polícia. “A Interpol é internacional. Ele está no Brasil.

Eu não o tenho visto, mas o filho dele está indo à polícia com os advogados. Ele certamente deve se apresentar espontaneamente ou pedir a suspensão da prisão”, avaliou.

Redação com informações do Bahia Noticias e Jornal da Mídia.